A criatividade II

Uma das pessoas que mais me inspirou, que já tenho citado no blogue, é o Jiddu Krishnamurti. Recomendo os livros e os vídeos deste autor, que fala sobre a liberdade do ser humano. Tive uma fase em que lia bastante os livros disponíveis, mas já há um tempo que não leio. No entanto, continua a ser uma inspiração.

Foto de Benjamin Davies no Unsplash

#1 Ser livre é ser original

Um dos aspetos que a liberdade traz é a originalidade. Pois, sem seguir padrões de pensamento, de comportamento, a pessoa, ainda que mantenha algumas influências, será mais facilmente ela própria e será, portanto, mais original, tanto no pensamento como nas ações. Assim, é necessária uma certa liberdade para se ser criativo.

#2 A criatividade no dia-a-dia

Podemos ser criativos relativamente à forma como vivemos a nossa vida, como resolvemos os problemas, como tomamos decisões. Tudo isto exige uma forma de viver mais presente, mais plena e mais simples, porque a forma como racionalizamos os problemas por vezes é tão complexa que, em vez de os resolver, parece que ainda os aumenta. Não é incomum que as pessoas justifiquem o facto de terem tanto que as inquiete, dizendo que “pensam demais”. Pensar demais e um grande foco em prós e contras, com um predomínio da razão, pode não oferecer a solução mais clara. Isto, porque a solução mais clara muitas vezes está relacionada com o sentido das coisas na nossa vida, que não é apenas pensamento, nem sequer sentimento, mas algo mais, o amor, a paz, a alegria, aspetos mais ”profundos”, essenciais.



#3 A criatividade no trabalho e no lazer

Existe uma criatividade no viver, mas também existe criatividade nos trabalhos que realizamos, um poema, uma pintura. Uma forma de viver criativa está na base de outros tipos de criatividade, que, em comparação com a primeira, não serão tão plenos, mas apenas uma manifestação nossa. De qualquer modo, isto é, também, algo valioso. É claro que quanto mais livres e criativos formos na nossa vida, mais livres e criativos somos para nos expressarmos por palavras, com a escrita, por imagens, com o desenho, a pintura. Isto também se associa à inocência, as crianças expressam-se de forma muito curiosa, mas, conforme crescem, as pessoas tendem a expressar-se de forma mais padronizada. Contudo, talvez seja possível resgatar essa inocência.