Livros de fluxo de consciência

Olá, hoje apresento os quatro livros que tenho publicados! Eles identificam-se com a técnica literária de fluxo de consciência por ilustrarem um processo de pensamento em torno de uma questão, com os seus momentos de raciocínio lógico, de devaneio, de silêncio e insight.

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#1 O fio da deusa do destino

O fio da deusa do destino compreende um processo de pensamento que se ocupa com uma questão existencial relacionada com uma iniciação: a de ser autenticamente.

Sinopse: A vida tem destas coisas. Aproxima-se com um pêndulo, que agita de um lado para o outro. É o tempo. Este movimento é cativante e hipnótico. Aprendo a viver com ele, os meus olhos seguem-no, tal como o meu espírito. Aprendo que a vida é um movimento de ida e de volta, de marés, e deixo-me embalar. Mas, em breves instantes de curiosidade, pergunto-me: quem segura o tempo pendular? E, é quando deixo de o ver, quando o transcendo e olho a vida nos olhos. De cada vez que o faço, há um fim e um início.

Leia 10 curiosidades sobre o livro O fio da deusa do destino.



#2 O eixo do tempo

O eixo do tempo retrata um processo de pensamento sobre o significado de se percorrer um caminho de vida.

Sinopse: O pórtico, já fora do mundo, sem uma envoltura de paredes, anuncia uma extensão ilimitada. O carrilhão, nunca visto, soa nas proximidades, sem ter sido construído. Não há um caminho que venha ter aqui. Talvez exista a sombra de um caminho, com todos os seus arredores, onde caminhamos como sombras. É necessário apenas um passo. Naqueles breves momentos em que os guardiães se afastam, o pórtico abre. Alcançá-lo é esquecer o caminho, esquecer a passagem, esquecer de guardar. Há, então, uma inesperada inversão, deixamos de ser os esmerados caminhantes até ao absoluto, porque ele aparece em nós.

Leia 10 curiosidades sobre o livro O eixo do tempo.



#3 O sábio, o diabo e a nascente

O sábio, o diabo e a nascente compreende uma narrativa que procura descobrir uma energia intrínseca de amor.

Sinopse: Esperava voltar a ver aquele ser que, sem dúvida, era maior do que eu. Até a sua obscuridade parecia luminosa. Deixou-me sem resposta, porque a resposta era essa. Volto a procurá-lo perto dos carvalhos, onde o encontrei pela primeira vez. Chego. Ali está ele sentado na pedra, vestindo, agora, uma longa túnica escura com um capuz. Esconde o rosto. Mas, então, endireita-se e olha-me. Pergunto, hesitante: “Mãe!?” Levanta-se e caminha. Por momentos, deixa-me acompanhá-lo. Dá a volta à pequena casa que está na beira do penhasco. O rio, lá em baixo, enche e faz-se mar, um mar revolto que se aproxima de mim, que ameaça o medo. Aquele ser maior desaparece e deixa-me com o mar nas mãos.

Leia 10 curiosidades sobre o livro O sábio, o diabo e a nascente.



#4 O canto de Acalântis

O canto de Acalântis relata uma viagem interior em busca do estado mais lúcido num mundo de ilusão.

Sinopse: “Caiu do voo, parece ferida”, dizem. A ave jaz no solo, desfalecida, com as grandes asas desarranjadas. Pergunto: “perdeu as penas?” “Perdeu o dia!” Volto a perguntar: “já não o vê?” E, a minha visão regressa. Acordei! Encontro a noite. Como cintilam as estrelas! O que veem elas? Onze degraus! Subo. Alguém sobe os degraus depois de mim. No entanto, escorrega e cai. Volto a descê-los para lhe curar a ferida. Então, vejo também as minhas feridas, que agravam as dos outros, que, por sua vez, agravam as minhas. Que inferno! Que olhares tão bondosos! Quem disse que esta é uma ferida incurável? Não ficará ninguém para trás! E, não sendo suficiente a luz que chega de fora, luzirá a luz de cada um. “Basta!” É a minha última palavra e a minha última ação para as trevas que me envolvem. O firmamento quer fortemente a luz, as sombras querem-na vagamente. E, assim, puxa-me para si, faz-me voar de novo e deixa-me tocar a abóbada celeste. E, num sussurro, diz: “canta, Acalântis!”

Leia 10 curiosidades sobre o livro O canto de Acalântis.