Foto de Anton Darius, Unsplash |
Ela aparece sobre mim, a fiadeira, que sou eu, porque a vejo por dentro. Este artrópode quase tapou as paredes do templo. Teias pendem do teto até ao chão. A guia limpa todo o espaço e pede-me ajuda, mas mal consigo respirar. Distraio-me com a fiadeira, tão perto dos meus olhos, a cuspir lentamente os fios. Fico fascinada com ela, enquanto dança suspensa ao meu redor. Esqueço a guia, esqueço o meu sono, esqueço outros adormecidos que caminham pesadamente até ao espaço ritualista.
Raquel Loio, em O fio da deusa do destino (2022)
passando para desejar um lindo domingo bjs saude
ResponderEliminarOlá, Isa! Um excelente fim de semana. Beijinhos
EliminarLinda imagen!
ResponderEliminarGracias.
EliminarQue imagem impressionante
ResponderEliminarDa aranha fiadeira
Tecendo sua teia à beira
De uma alma diante
De um delírio ou sonho ante
O eco que ecoando
Ressoa e retorna quando
O som faz a ressonância
Para voltar da distância
Refletido e ressoando.
Um sonho ou pesadelo que se transforma em delírio com o ser humano sentindo ser a aranha fiandeira. Legal, o texto. Parabéns. Abraço fraterno. Laerte.
Olá, Laerte! Gostei muito do poema. Obrigada.
EliminarA vida por um fio... Belo texto.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Olá, Graça! É uma excelente observação. Obrigada por comentar. Beijinhos e bom fim de semana.
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