O meu livro O canto de Acalântis conta com algumas particularidades curiosas.
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#1 O tema principal que está subjacente à obra é a lucidezA narrativa explora o mais elevado grau de lucidez, a lucidez mais lúcida. Vai testar, portanto, os limites da razão e, consequentemente, da loucura. Mas, esta acaba por ser uma característica comum a todos os romances filosóficos que escrevi.
#2 A obra é facilmente resumida como uma viagem da Acalântis ao infernoA Acalântis entra no inferno, que representa o viver mundano, e, como única saída possível, transcende-o. O inferno fica dentro da Acalântis, mas a Acalântis já não fica no inferno. Isto é também uma referência à importância de manter um estado de atenção plena para não cairmos em ilusões.
#3 A obra apresenta alguma inspiração na mitologia grega
A Acalântis tem algo de divino e de terreno, é humana, é uma ave, é uma sereia, meio mulher, meio pássaro. O canto da Acalântis é como o canto mitológico da sereia. As outras personagens da história são igualmente inspiradas na mitologia grega.
#4 A ideia da capa do livro surgiu de um sonho ilustrado por mim
A imagem da capa é, portanto, passível de várias interpretações. O ser andrógino superou a dualidade e encontrou unicidade. Encontra-se sobre a pirâmide (na verdade, um octaedro, o universo) como um ser transcendente. A sua expressão é de poder desinteressado, está além do bem e do mal.
#5 Uma passagem do livro
"Oceano, fala-nos dos encantos", pedem duas mulheres. Gostaria de lhes perguntar: "e dos cantos?" Mas, elas não me veem, nem me ouvem. O Oceano fala-lhes dos santos. Ávidas do seu conhecimento, pretendem sorver um pouco da água do mar. Quero cantar-lhes: "o Oceano não vos saciará a sede, poderá, ainda, intensificá-la!" Mas, elas não me veem, nem me ouvem. De olhos postos no Oceano, de ouvidos cheios das suas ideias, creem olhar o mar e ouvir o som das ondas. Tontas, que me desprezam, quando quero, com todos eles, saber de encantos. E, quebrá-los. Uma das ondas do mar quebra e soa "Acalântis". Não a veem, nem a ouvem. Acalântis, porque nunca direi a verdade para não a corromper. Porque cantarei apenas com verdade. O que diz o canto é encanto, mas cantar é verdade.
#6 Este é o quarto livro que escrevi
Foi o quarto livro que escrevi dentro deste género. À semelhança dos primeiros, mantive a perspetiva da primeira pessoa, que já não utilizo nos livros seguintes.
#7 O estilo de escrita deste livro apresenta novas nuances em relação aos três livros anteriores
Uma característica que predomina na obra é a referência a questões da ciência da física. Escrevo, numa prosa poética, principalmente sobre dimensões, onze.
#9 Estão escritos ao longo da obra alguns "segredos"
De forma um pouco hermética, são apresentados ao longo do livro dezanove acontecimentos secretos relacionados com o desenvolvimento da perceção. Por exemplo, o primeiro começa com uma atitude de fugir da verdade. O sétimo relaciona-se com o subir do primeiro degrau rumo à verdade através da forma como o espaço-tempo é percebido, como um inferno ou não.
#10 Outra passagem do livroDigo assim: "eu sou a Acalântis!" Mas, a soberba do "eu" já não sabe ao mesmo, tornou-se insípida quando, antes, era apimentada. E, por mais que grite "eu sou a Acalântis", já não sinto a Acalântis! E, repito baixinho, num estado extasiado de quem se percebe livre: "eu sou o canto de Acalântis!"
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