Foto de Larm Rmah na Unsplash |
Ausentou-se a tecelã, ausentou-se mais a sua boneca de trapos e a sua colcha. As teias pendem com o peso da idade, curvam-se para o chão. Um dia, serão pó. As teias são respostas que se desfazem. Vejo-a a ir pelo bosque, a tecelã. Vai tecer até se cansar, até deixar de desejar o silêncio, até se silenciar.
Raquel Loio, em O eixo do tempo (2021)
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