quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Brincos de pérolas da minha coleção e uma breve reflexão sobre a impermanência

Sempre na moda, um item clássico, tão simples e rico, elegante.

Fotografia de justfantasybijuteria.blogspot.com
Brincos de Lovisa. Publicação não patrocinada pela marca.

Estes são brincos de pérolas de água doce e prata 925 banhada a ouro. São pérolas pequenas, com 5mm de diâmetro e, ainda assim, sobressaem.

Consta que as pérolas duram 100 anos, depois podem deteriorar. Este assunto da impermanência, da efemeridade, é parte das minhas reflexões.

Relaciona-se com objetos, com as relações interpessoais, com o viver, com os negócios. Não existe essa segurança da permanência, simplesmente. Temos de viver com isso.

Mas, e esta é uma abordagem que utilizo muito para lidar com questões inquietantes, há mais beleza e amor na existência do que aquilo que imaginamos. De certo modo, o stress não está na impermanência, mas sim no nosso desejo da permanência, que nos traz grande sofrimento.

Compreender a impermanência não implica abdicar do que gostamos, nem viver com medo de perder o que gostamos, isso faz parte da nossa imaginação. E, se perdermos algo é porque não estava de acordo com o nosso coração. 

Viver com a impermanência é viver além do tempo, é ter momentos em que se pode simplesmente parar, esquecer tudo e descansar (aqui há muito da chamada "morte do ego"), é confiar e saber que, neste estado tranquilo, estaremos sempre em comunhão com o que está de acordo com o nosso coração. Aplica-se a tudo, relações interpessoais, trabalho, coisas. 

Viver de acordo com o coração é como ter um farol, que nos indica o lugar certo, que nos leva sempre para esse lugar, que não nos deixa perder num caminho de ansiedades, stress, sofrimento. E, então, acabamos por nos manter muito próximo do que gostamos, sem a ansiedade, sem o medo de perder, sem a prisão do tempo. De certa forma, isto traz-nos um senso de permanecer, de pertencer, mas a atitude é outra, não parte do medo, não se foca no medo, mas no amor.

Assim, há que saber ouvir a sabedoria do coração, como já li, basta um segundo.

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